Pior efetivo do século da PM de SP faz governador Tarcísio de Freitas pensar em plano emergencial para solucionar o problema de segurança no Estado.
De acordo com registros feitos pela Polícia Militar de SP, até Dezembro de 2023 houve uma queda drástica no número de policiais, o que faz o novo governo do Estado repensar em estratégias para resolver a questão do efetivo decrescente da PM, que desde 2006 apresentou uma perda de mais de 10 mil agentes em seu quadro de funcionários. A PM SP, que já chegou a ter quase 100 mil agentes em seu quadro, hoje possui 80.137, com uma população que só cresce.
A situação é considerada urgente na cúpula da Polícia, e o novo secretário da Segurança Pública, o PM Guilherme Derrite, está elaborando um plano emergencial para tentar resolver a situação.
“Nós estamos passando e vamos passar pela maior crise de efetivo. A PM de SP, que já chegou a ter quase 100 mil homens, vai chegar a 80 mil, sendo que a população não parou de crescer, pelo contrário, aumentou demasiadamente”, disse Derrite à rádio Cruzeiro, de Sorocaba, na última quarta (4).
Esse quadro preocupante afirma a necessidade e importância dos concursos da PM no Estado. Se há 16 anos, SP possuía um efetivo 229 policiais a cada 100 mil habitantes, até Dezembro de 2022, quando foi feito o último levantamento, possuía 177 policiais para a mesma proporção, mostrando uma queda de 22,7% o que é considerado bastante grave para as condições de segurança do estado.
Já se faz necessário mais concursos na área, o que o atual Secretário já afirmou que fará em breve para recomposição dos quadros da Polícia Militar, Civil e Científica, que também teve grande defasagem.
Especialistas apontam que entre os fatores para a fuga de interessados em integrar o quadro da corporação está os baixos salários, comparado a outros Estados, e uma imagem de truculência e violência que acabou também manchando esse interesse, porém este quadro promete ser melhorado no atual governo.
Esses fatores acabaram influenciando diretamente na contratação de novos agentes, dificultando o preenchimento de vagas nos concursos feitos. Por exemplo, em 2021, das 2.700 vagas oferecidas, apenas 1.348 foram ocupadas por candidatos aprovados no certame.
O plano emergencial de concursos do novo governo vai buscar corrigir essa falha e recompor esses efetivos o quanto antes para recuperar a melhor segurança no Estado, já que a queda desse número de agentes provocou a alta em uma série de indicadores criminais, como roubo de veículos e furtos, que aumentaram 23,2% e 22% respectivamente, em 2022. Porém esse planejamento deve durar os quatro anos do novo mandato devido ao tempo de seleção e formação dos policiais.
Espera – se que além de repor esses cargos que ficaram vagos, haja uma valorização também nos salários dos policiais que seja mais atrativo o ingresso na instituição.
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